quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

"A MOEDA DO GENERAL NOBUNAGA"


Obs: Imagem extraída do site: nossapolitica.net

"A MOEDA DO GENERAL NOBUNAGA"


Contam que o grande general japonês Nobunaga decidiu atacar, embora seu exército fosse muito inferior ao do inimigo, que o superava na proporção de dez para um. Nobunaga estava seguro da vitória, mas seus homens se mostravam hesitantes em entrar num combate tão desigual.

Quando marchavam para o combate, detiveram-se para orar num templo e, ao sair, Nobugana reuniu seus homens e lhes disse: 

- Enquanto orava, recebi uma revelação divina: vou jogar esta moeda para cima e, se sair cara, deveremos lutar com toda confiança e segurança, pois a vitória estará de nosso lado. Se sair coroa, não deveremos ir à batalha, pois é certo que seríamos derrotados.

Jogou a moeda e saiu cara. Os soldados estavam tão desejosos de lutar e tão certos da vitória que batalharam com uma coragem inusitada e derrotaram sem problemas o inimigo.

No dia seguinte, um oficial disse a Nobunaga:

- Sem dúvida, é impossível mudar a vontade dos deuses.

- Evidente - replicou-lhe Nobunaga - enquanto lhe mostrava uma moeda que tinha cara em ambos os lados.

REFLETINDO:

A VITÓRIA consegue-se com ESFORÇO, ENTUSIASMO e SEGURANÇA DE ALCANÇÁ-LA. "Possunt quia posse videntur" (Podem porque estão seguros de que podem) diz em " A Eneida" o grande poeta Virgílio de alguns remadores que triunfam numa difícil competição. 

A maioria dos problemas desaparece ou se reduz somente diante de firme decisão de enfrentá-los. Pelo contrário, se o indivíduo se acovarda, problemas e dificuldades se agigantam. O motivo de julgarmos muitas coisas impossíveis é não nos termos proposto de fato consegui-las. Alguns falam que o segredo do sucesso consiste nos três "D": DESEJO, DETERMINAÇÃO e DISCIPLINA.

Não se deixe esmagar pelos problemas. Por maiores que sejam, você é mais forte do que eles.

Se você deseja que seus alunos triunfem, convença-se e convença-os de que todos e cada um deles podem, de que você possui uma classe de vencedores. Apaguem de seu dicionário a palavra "fracasso". Ponha cada um a competir consigo mesmo, a vencer-se mais do que a vencer os outros, a lutar todos os dias por sua própria superação.

Autor:
ANTONIO PÉREZ ESCLARÍN

Obs: Reflexão extraída do livro: "EDUCAR VALORES E O VALOR DE EDUCAR - PARÁBOLAS",  Autor: Antonio Pérez Esclarín, Editora: Paulus, São Paulo, ano: 2002, páginas: 82 e 83.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

"OS OPERÁRIOS QUE QUEBRAVAM PEDRAS"


Obs: imagem extraída do blog:
catedraismedievais.blogspot.com



"OS OPERÁRIOS QUE QUEBRAVAM PEDRAS"


Alguns operários estavam quebrando pedras diante de um enorme edifício em construção. Um visitante aproximou-se de um dos operários e lhe perguntou: "O que vocês estão fazendo aqui? O operário olhou-o com dureza e lhe respondeu: "Será que você está cego para não ver o que estamos fazendo? Estamos aqui quebrando pedras como ESCRAVOS por um salário miserável e sem o menor reconhecimento. Veja você mesmo aquele cartaz. Põem ali os nomes do Governador e do Arquiteto, mas não põem nossos nomes, nós trabalhamos duro e deixamos nossa pele na obra".


O visitante aproximou-se de outro operário e lhe fez a mesma pergunta. "Estamos aqui, como você pode ver, quebrando pedras para levantar este enorme edifício. O trabalho é duro e o pagamento muito ruim, mas os tempos estão difíceis, não há muito trabalho por aí, e é preciso fazer algo para alimentar os filhos".


O visitante aproximou-se de um terceiro operário e, uma vez mais, lhe perguntou o que estavam fazendo. O homem lhe respondeu com grande entusiasmo e um brilho de plenitude nos olhos: "Estamos levantando a catedral mais bela do mundo. As gerações futuras a admirarão impressionadas e escutarão o chamado de Deus no grito das pontas de suas torres erguidas para o céu. Eu não a verei concluída, mas quero ser parte desta extraordinária aventura".


COMENTÁRIO:


O mesmo trabalho, o mesmo salário miserável, a mesma falta de reconhecimento. O primeiro operário os vivenciava como ESCRAVIDÃO. O segundo como RESIGNAÇÃO. O terceiro como PAIXÃO, AVENTURA E DESAFIO. O primeiro trabalhava amargurado, queixando-se sempre. O segundo trabalhava conformado, aceitando o trabalho como um meio de vida. O terceiro trabalhava com alegria, transformava o trabalho numa festa.


Pense que o mundo é um inferno e ele será. Pense que este mundo é parte do paraíso e o será. A vida pode ser um funeral ou uma festa. Depende de você.


O trabalho de educar é duro e difícil, tem hoje uma baixíssima remuneração e goza de pouco prestígio social, pois é certo que, embora todos desejem o melhor professor para os filhos, muito poucos querem que seus filhos sejam professores. Depende de nós vivê-lo como escravos, como trabalhadores resignados ou como apaixonados construtores de genuínas obras de arte.


Autor: ANTONIO PÉREZ ESCLARÍN


Obs: Esta reflexão foi extraída do livro: "EDUCAR VALORES E O VALOR DE EDUCAR - PARÁBOLAS", autor: Antonio Pérez Esclarín, traduzido por: Maria Stela Gonçalves, São Paulo, editora Paulus, ano 2002, página 21 e 22.
Site da editora: www.paulus.com.br

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

"AS LIÇÕES PARA A VIDA EXTRAÍDAS DA FÁBULA: A LEBRE E A TARTARUGA"


Obs: Imagem extraída do site: www.escolovar.org


"A LEBRE E A TARTARUGA"


A lebre vivia a se gabar de que era o mais veloz de todos os animais. Até o dia em que encontrou a tartaruga.

– Eu tenho certeza de que, se apostarmos uma corrida, serei a vencedora – desafiou a tartaruga.

A lebre caiu na gargalhada.
 
– Uma corrida? Eu e você? Essa é boa!

– Por acaso você está com medo de perder? – perguntou a tartaruga.
 
– É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você – respondeu a lebre.

No dia seguinte a raposa foi escolhida para ser a juíza da prova. Bastou dar o sinal da largada para a lebre disparar na frente a toda velocidade. A tartaruga não se abalou e continuou na disputa. A lebre estava tão certa da vitória que resolveu tirar uma soneca.

"Se aquela molenga passar na minha frente, é só correr um pouco que eu a ultrapasso" – pensou.

A lebre dormiu tanto que não percebeu quando a tartaruga, em sua marcha vagarosa e constante, passou. 

Quando acordou, continuou a correr com ares de vencedora. Mas, para sua surpresa, a tartaruga, que não descansara um só minuto, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar.

Desse dia em diante, a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta.
 
Quando dizia que era o animal mais veloz, todos lembravam-na de uma certa tartaruga...

MORAL: Quem segue devagar e com constância sempre chega na frente.

Obs: Extraída do livro: Fábulas de Esopo  - Editora Scipione

Site onde foi retirada esta fábula:

http://metaforas.com.br/a-lebre-e-a-tartaruga


COMENTÁRIO SOBRE ESTA FÁBULA:

Esta fábula maravilhosa nos dar uma grande lição de sabedoria, que devemos procurar não dar tanta atenção ao nosso ponto fraco, como no exemplo da tartaruga o ponto fraco dela era a LENTIDÃO, mas buscar se concentrar no ponto forte que no caso da tartaruga era a DETERMINAÇÃO e foi justamente esta qualidade que deu a vitória na corrida contra a lebre. Todos nos possuímos pontos fracos e pontos fortes em nossa personalidade, o investimento e concentração nos pontos fortes vai fazer grande diferença nos desafios que enfrentamos na vida e nos proporcionar sucesso e vitória.

Obs: Comentário feito por: Maria Angélica Corrêa dos Santos, em 17.02.2015

domingo, 4 de janeiro de 2015

"SAUDO O NOVO ANO DE 2015 COM ESTA PROFUNDA REFLEXÃO: "REINVENTAR-SE" DO AUTOR: DIVIOL RUFINO"


obs: Imagem extraída do site:
modificaramimmesma.blogspot.com


"REINVENTAR-SE"


Chegamos ao final de mais um ano de nossa vida. É um tempo propício para lançarmos um olhar em retrospectiva e perceberemos quantas realidades experimentamos, seja na nossa história pessoal, seja na história da humanidade, com suas alegrias e seus dramas. Provavelmente hoje somos melhores de quanto éramos neste mesmo período um ano atrás.

Se formos honestos, descobriremos que coisas muito boas nos aconteceram nesse tempo que passou: decisões importantes foram tomadas, sofrimentos inusitados foram enfrentados e através deles, descobrimos a força interior que todos possuímos e que nos capacita, se soubermos usá-la, para prosseguir com ânimo revigorado.

Para muitos, o enfrentamento de uma doença, de uma dor inesperada, despertou, quem sabe até pela primeira vez, necessidade de pedir auxílio a Deus e Ele, então, se mostrou como "o único interlocutor que habita a existência nua e crua de nossa interioridade", como afirma o psiquiatra argentino Roberto Almada. Houve ainda quem realizou a viagem dos sonhos para lugares e países deslumbrantes, quem experimentou a alegria por um sucesso alcançado. Há ainda quem tentou novos impulsos espirituais e (re)descobriu a sua singularidade, vivenciando o paradoxo de sermos matéria e espírito em total sinergia.

Muitos fizeram a feliz descoberta de que cada um só se realiza quando toma consciência de sua capacidade relacional intrínseca e se mobiliza na doação de si e na abertura do próprio diafragma para deixar a luz entrar, na saída da reclusão para acolher o outro, evitando a atrofia do próprio eu.

Mas seríamos irresponsáveis se não olhássemos também para os erros cometidos e se deles não tirássemos lições e novos propósitos. De fato, o que mobiliza o olhar restaurador é uma atitude simples, humilde, corajosa e altamente transformadora: REINVENTAR-SE. É um olhar verdadeiro, sem autocomplacência, sem falso moralismo ou insano remorso. É uma tomada de decisão que projeta luzes sobre sombras antigas ou novas e faz com que a pessoa assuma responsavelmente as consequências do mau uso que fez da própria liberdade, propondo-se, com nova consciência, a recomeçar com determinação e responsabilidade. Uma preparação nem sempre é possível, mas é importante ter um compromisso proporcional aos danos eventualmente causados, assumir uma postura e um empenho verdadeiro em evitar o alargamento da ferida, bem como favorecer sua cura e cicatrização. Afinal, a vida nos mostrou que vale a pena ser vivida e cada pessoa existe como um presente, como uma dádiva para os outros, mesmo com seus defeitos, com o seu mistério a ser desvelado na reciprocidade.

Se durante o ano, muita coisa ficou sedimentada na memória afetiva e emocional - com lembranças marcadamente positivas e outras dolorosas, que deixaram cicatrizes - o balanço que cada um é convidado a fazer deve ter esse foco: não resignar-se com o que foi alcançado, pois a existência, com suas perguntas, continua a interpelar-nos a novas e criativas respostas. Quem se dá por satisfeito consigo mesmo perde oportunidades. A vida propõe, a cada dia e a cada hora, a necessidade de novos feitos e abre a possibilidade de novas vivências. Habituar-se a criar no presente uma história eterna e viver abertos a um futuro rico de possibilidades é uma sábia maneira de viver o tempo que nos é dado a cada instante.


Autor: Diviol Rufino (Psicólogo Clínico)
Email: psicologia@cidadenova.org.br


Obs: Este artigo foi extraído da "Revista Cidade Nova - Fraternidade em Revista", exemplar 584, ano LVI, nº 12, dezembro de 2014, página 43. Site desta revista: www.cidadenova.org.br